Durante décadas, habituámo-nos a ver a guarda da passagem de nível a sair dos seus cubículos de tijolo e telha e a atravessar a estrada com uma corrente na mão ou a manejar a cancela que delimita a passagem. Eram elas que controlavam o tráfego de carros e peões durante a passagem dos comboios. Já a passagem do tempo é incontrolável e a Refer tem vindo a suprimir e reconverter as passagens de nível com meios automatizados. Junto à linha do Vouga, a única linha de via estreita ainda em funcionamento no país, encontrámos uma destas profissionais, que aceitou partilhar connosco o seu cubículo e o seu quotidiano. Testemunhámos os hábitos, motivações, métodos e receios de uma profissão em vias de extinção.