JORNALISMO DE GUERRA: O SONHO MAIS NEGRO (Prelúdio)
Quase todos os jornalistas sentem um desejo, por vezes tácito, outras intenso, de serem correspondentes de guerra. Porquê?
THE WITCHER: VIAGEM DE 30 ANOS PELA NEBLINA DA NOSTALGIA
Antes de me deixar encantar pela série “The Witcher”, já me tinha apaixonado pelo videojogo homónimo. Um jogo que nos apresenta um fascinante mundo antigo, recheado de lendas e fantasia, e nos dá liberdade para o explorar, interagindo com (quase) tudo o que lá existe. Esses momentos fizeram-me recuar cerca de três décadas, quando uns livros mágicos de capa verde chamados “Aventuras Fantásticas” me revelaram essas mesmas possibilidades, ambientes e sensações. Esta é a história dessas viagens.
100 ANOS DE EVOLUÇÃO
Dois playmobils conversam numa rua de Nova Iorque em 1921
CIES: ONDE A LIBERDADE É UMA ILHA
Tinha prometido regressar e explorar a ilha. Nove anos depois, cumpri a promessa. Mergulhei em águas cristalinas, atravessei florestas, escalei montanhas escarpadas, inebriei-me com velhas histórias de piratas e senti o murmúrio desses sonhos antigos de liberdade selvagem que ainda ecoam por aqui.
UMA NOITE NA ILHA
Durante anos sonhei com a silhueta misteriosa de uma ilha envolta em nevoeiro que se avistava da costa Norte de Espanha. Decidi passar lá o dia (e a noite) dos meus 30 anos. Descobri um autêntico paraíso selvagem. Já a história mística da ilha, só viria a descobrir mais tarde.
O EMBRULHO
Três playmobils conversam numa manhã no Velho Oeste.
EM BUSCA DO URSO PARDO NAS MONTANHAS ASTURIANAS
Há 10 anos parti para uma expedição na cordilheira cantábrica. Queria fotografar os únicos ursos pardos que vivem na Península Ibérica. Acampei num dos vales onde eles costumavam ser avistados, junto a um riacho onde muitas vezes se alimentam ao amanhecer.
SONHOS ANTIGOS
Dois playmobils conversam pela noite dentro em plena época da escravatura.
UMA CRÓNICA DE GELO E FOGO
Game of Thrones chegou ao fim. Após oito anos cativo de um mundo esplendoroso, fui libertado. Mas não consigo saborear esta liberdade. Numa longa noite de Primavera derramei a minha Síndrome de Estocolmo sobre o teclado.
CRÓNICAS DE UM PLAYMOBIL (PRELÚDIO)
Uma rubrica nova que retrata pequenos diálogos entre personagens dispersas nos séculos. São conversas intemporais, podem decorrer na antiga Grécia, na época dourada da pirataria, na revolução francesa, seja onde ou quando for. O único fio condutor é que há sempre uma pitada de pertinência nessa partilha dialética.
CRONICAS MARROQUINAS (PRELÚDIO)
Foram 30 dias e seis mil quilómetros a atravessar Marrocos e um amontoado de histórias que até hoje estavam atulhadas nas gavetas da minha mente. Finalmente, vou retirá-las. Preparem-se para viver uma aventura inesquecível.
O HÓSPEDE DO HOTEL ABANDONADO
Numa viagem aos Açores, encontrei um velho hotel abandonado. Contornei o portão trancado com correntes e explorei todos os seus recantos. Subi até ao andar mais alto, onde deduzo que se situavam as suites mais exclusivas e deparei-me com a vista privilegiada para um dos cenários mais idílicos de Portugal: A Lagoa das Sete Cidades. Finalmente percebi porque os antigos hóspedes apelidavam aquelas janelas de “quadro vivo”.
Era para contar a sua história, mas o que devia ser a entrada, uma introdução ficcional e evocativa com meia dúzia de linhas, ganhou vida própria e tornou-se, ela mesma, no texto.
Decidi que seria ele a ficar hospedado no Crónicas da Madrugada.
OS ANDARES DA PERCEPÇÃO
Há textos que nos fazem sorrir por dentro. Este é um desses. Aborda muitas questões, desde lutas e desígnios de vida, a arte, a ficção científica, os trilhos misteriosos do destino, a espiritualidade e o que Carl Jung chamava de sincronicidade.
As palavras aqui escritas estabelecem um paralelismo com um filme, de forma quase umbilical. Não serão compreendidas na integra por quem não o tenha visto. E vão arruiná-lo a essas pessoas, pois o final é mencionado. Apesar disso, podem avançar. Há 519 palavras que podem ser lidas, antes de depararem com um sinal com essa advertência. Nesse caso, recuem e arranjem um momento nas vossas vidas para o ver. Regressem depois e, só então, subam a totalidade destes degraus da percepção.
O TANQUE QUE LAVA EPIFANIAS
Numa noite quente de Agosto de 2012, um conjunto caricato de coincidências levou-me a um velho edifício, na zona histórica de Viseu. Alguém destrancou duas portadas enormes e levou-me a um pátio, onde estavam a ser projetadas curtas-metragens ao ar-livre, junto a um velho tanque de pedra antiga. Esta iniciativa de dois viseenses, intitulada “Curtas ao Tanque”, cresceu e tornou-se no Shortcutz Viseu, um marco cultural incontornável da cidade. Hoje, 5 anos, 450 curtas, 320 convidados e 6000 espetadores depois, o evento contabiliza a centésima sessão. Em dia de festa, recordo o texto que escrevi na noite onde tudo começou.